As vacinas Covid-19 podem provocar doenças cardíacas, cerebrais e sanguíneas, aponta um estudo recente realizado pela Rede Global de Dados sobre Vacinas, uma empresa de pesquisa afiliada à Organização Mundial da Saúde (OMS).
As vacinas Pfizer, Moderna e AstraZeneca, usadas no combate à Covid-19, estão associadas a eventos raros de doenças cardíacas, cerebrais e sanguíneas. Este estudo, que é até o momento o maior sobre as vacinas contra a Covid-19, avaliou mais de 90 milhões de pessoas em oito países.
Os pesquisadores identificaram casos de miocardite (inflamação do coração) em pessoas que receberam as doses da vacina Pfizere Moderna, sendo a incidência mais alta após a segunda dose da Moderna. Além disso, a pericardite, outra condição cardíaca, teve um risco aumentado em 6,9 vezes em pessoas que receberam uma terceira dose da vacina AstraZeneca.
O estudo também revelou um aumento no risco de desenvolver síndrome de Guillain-Barré, uma doença autoimune rara, em 2,5 vezes entre os vacinados com a AstraZeneca, em comparação com a taxa esperada pelos pesquisadores. Houve também um risco 3,2 vezes maior de coágulos sanguíneos entre os que tomaram a mesma vacina.
No campo das doenças neurológicas, os pesquisadores observaram um risco aumentado de encefalomielite disseminada aguda após a vacinação com a Moderna (3,8 vezes maior) e com a AstraZeneca (2,2 vezes maior).
Apesar dessas descobertas, os pesquisadores enfatizaram que os benefícios da vacinaçãosuperam substancialmente os riscos.