“O que te prende a um relacionamento que não te faz feliz?”, afirma o Padre Ricardo Esteves, em mais uma reflexão nas suas redes sociais.
“Já paraste para pensar o que te prende a um relacionamento que não te completa nem faz feliz?“, começou por questionar.
“Sabes, são as amarras que te impedem de viver melhor qualquer tipo de relação. Porquê insistir num sim a algo que foi destinado a ser não!? Aquela mania de querer mudar os outros, transformar relacionamentos, pode ser bem traiçoeira. Lembra-te que as transformações acontecem de dentro para fora e não o inverso“, referiu.
“A ilusão de que dias melhores virão, quando tudo está ao contrário, podem fazer com que tu percas muito tempo num relacionamento em que não te faz feliz. Muitas pessoas queixam-se dos relacionamentos e sentem os dias cinzentos e sem vida e muitos nem se perguntam: o que me mantém neste relacionamento? Não existem relacionamentos que só oferecem dias felizes, mas é da tua vida que estamos a falar“, acrescentou.
“Deves pensar muito bem quando algo ou alguém ofusca o teu brilho ou rouba a tua alegria de viver. Só tu sabes o peso que carregas por adiar decisões. São dúvidas? As dúvidas só cessam após as decisões serem tomadas. São medos? Medo de ficares sozinho? Medo de não seres amado novamente ou não encontrares alguém, ou não conseguires reiniciar a tua vida afetiva? O medo está relacionado com a insegurança e falta de autoestima, mas diminui quando te consegues valorizar mais a partir do teu amor próprio“, afirmou.
“E isso não é ser egoísta. Porque ninguém ama o outro se antes não se amar a si próprio. Como dizia Jesus: ama o próximo como a ti mesmo. E ficar sozinho não é uma sentença de morte, é uma oportunidade para te reinventares. Não importa a idade que tens, a vontade de viver deve ser maior do que todos os receios“, afirmou.
“Muitos adiam por causa da zona de conforto, mas talvez essa zona de conforto pode ser extremamente desconfortável. Para ser feliz, é preciso coragem. O que te mantém na relação que vives hoje? Sentes que podes ser mais feliz? Como te vês daqui a cinco ou dez anos? Sentes-te amada? Amas-te a ti própria? A resposta a esta última pergunta já é o suficiente para dares o primeiro passo. Amar até que a morte separe, mas quantos não esperam ansiosamente que a morte chegue rápido? Um dia muito feliz para todos com Deus no coração“, concluiu padre Ricardo Esteves.