André Ventura ameaçou rejeitar o orçamento do PSD. Os resultados eleitorais ainda estão por completar, com os votos da emigração pendentes e Marcelo Rebelo de Sousa ainda por iniciar as conversações partidárias.
Contudo, André Ventura do Chega já delineou as suas intenções. Com um resultado expressivo nas eleições legislativas de 10 de março, alcançando um milhão de votos e tornando-se a terceira maior força na Assembleia com 48 deputados, o Chega pretende marcar a sua posição.
Ventura, que se opôs veementemente a Luís Montenegro e à AD durante a campanha, procura agora formar uma maioria de direita. Caso contrário, ameaça rejeitar o orçamento.
Apesar disso, Montenegro, que liderou as urnas e é provável que seja convidado por Marcelo para formar governo, já descartou qualquer aliança com o Chega. Figuras como Carlos Moedas e Paulo Rangel do PSD também rejeitam acordos com o partido.
Ventura afirmou na CNN que votará contra o orçamento se não houver negociação, considerando que ignorar o Chega e seus eleitores seria um desrespeito.
No entanto, Paulo Rangel minimiza, afirmando que o Chega é livre para apoiar ou não as decisões governamentais.
Carlos Moedas reiterou esta manhã a sua posição: não haverá governação conjunta com o Chega.